quarta-feira, 4 de março de 2020

Alemanha: Berlim - Parte1


A Alemanha foi uma viagem muito prática. Após muitas viagens internacionais feitas,foi tudo muito prático e confortável em termos de mala, aeroporto e avião. Viajei de Turkish Airlines, que é uma companhia muito boa e serve boa comida. A pena é que a viagem é muito longa porque a conexão é feita em Istambul. 
O Daniel estava morrendo de medo que eu perdesse a conexão, porque eu tinha pouco tempo, e esse desespero dele o estava consumindo desde o início do ano. À toa, porque deu tudo certo, foi super tranquila a conexão e deu até tempo de sobra. Adorei poder jogar isso na cara dele depois, hehehe!
Chegando em Berlim, o Daniel foi me buscar no aeroporto e foi tudo extremamente rápido. Como ele já sabia todos os caminhos, pegamos o bondinho de rua até nosso Airbnb, super bem localizado na Strausberger Platz (duas paradinhas de metrô de distância de Alexanderplatz). Como já era noite, pensamos de comer no restaurante italiano que ficava exatamente embaixo do nosso apartamento, mas no fim tomamos a péssima decisão de ir até a Alexanderplatz comer em outro lugar, achando que teríamos mais opção. Não tinha quase nenhum lugar servindo comida e tivemos que comer num bar nada alemão. Esse foi o primeiro arrependimento da viagem, hahaha!

No dia seguinte, acordamos um pouco tarde e fomos tomar um café da manhã mais para o centro da cidade, chamado 1840. O que achei extremamente curioso em Berlim é que tudo é muito antigo! A maioria dos restaurantes é do século XIX! Eu e Daniel pedimos pratos super gostosos e acabamos trocando porque eu me interessei mais pelo prato dele e ele pelo meu.
Logo nesse primeiro dia, fizemos a rapa dos pontos turísticos de Berlim. Começamos do ponto mais  norte da cidade, o Palácio do Reichstag, só por fora, e fomos descendo para o Portão de Brandemburgo (vide primeira foto); passamos pelo Memorial Aos Judeus Mortos na Europa, onde tinha um casal coreano tirando foto de forma super desrespeitosa (não posso afirmar se eles sabiam de fato onde estavam tirando foto dando risada e fazendo biquinho); entramos um pouquinho no Tiergarten, onde pude observar uma das aves mais comuns de Berlim: a gralha-cinzenta (eu as avistei quase mais do que pombas); depois fizemos uma paradinha no LP12 Mall of Berlim, onde comprei maquiagem que estava precisando, e fizemos alguns planos para o resto do dia. Saindo do shopping, fomos à Potsdamer Platz, que tem algumas partes do muro de Berlim e passamos pelo Museu da Topografia do Terror e a parte do Muro onde os judeus foram executados. 

É interessante colocar o detalhe de que Daniel estava na Alemanha desde janeiro e estava incomodado com o barulho e agitação de Berlim. Haviam nos indicado para irmos à Nikolaiviertel, um pequeno bairro bem no centro de Berlim. Foi o lugar que mais gostamos. Era extremamente silencioso, com os restaurantes super antigos, parecia que tínhamos voltado no tempo e nem parecia que estávamos em uma cidade grande. Parei em um dos restaurantes para tomar uma cerveja enquanto Daniel tomou café, e então voltamos para o Airbnb. À noite, decidimos voltar à Nikolaiviertel para jantar e no caminho eu lembrei que estávamos comemorando 2 anos de namoro. Fomos ao restaurante: Zur Gerichtslaube, de 1270, que funcionava, nos primórdios, como um tribunal de justiça (pessoas eram enforcadas e torturadas ali por serem fora da lei), mas a comida era muito típica e os pratos gigantescos. Os pratos chegaram exatamente 5 minutos depois de termos pedido, e depois descobrimos que isso é comum na Alemanha, então passamos a esperar mais  antes de pedir. 

No dia seguinte, acordamos um pouco mais tarde e fomos até o outro lado da cidade para visitarmos a parte colorida do Muro de Berlim. Tive que fazer o Daniel parar e tirar um monte de foto. Estava bem frio. Comemos Ramen num restaurante japonês, que estava magnífico. Depois do almoço, voltamos para a Nikolaiviertel e caiu uma chuva torrencial de granizo. Tivemos que nos refugiar dentro de um restaurante todo temático e rosa, chamado Wilde Matilde, onde tomei um Milkshake péssimo e caro, que foi meu segundo arrependimento da viagem. Antes de passarmos em casa, compramos tickets para o dia seguinte tomarmos café da manhã na Torre de TV com vista para a cidade toda e depois tivemos que parar em uma loja para Daniel comprar uma mala nova, porque a dele se arrebentou toda durante a ida para Berlim e ele teve que carregar 25 kg de mala pela alça por 2 km. Ele sentiu que fez um grande negócio na compra da mala e ficou o resto do dia falando sobre ela. À noite, fomos jantar no meu lugar favorito até então: uma cervejaria chamada Brauhaus Lemke, que tinha cerveja Sauer, finalmente! No fim, foi o único lugar na Alemanha em que consegui beber a sauer. 
Foi minha parte favorita! Infelizmente, foi nesse lugar que tive meu primeiro sinal de otite, porque senti meu ouvido do lado esquerdo surdo.

No outro dia, tomamos o lindo café da manhã nas alturas, apesar de caro, senti que valeu a pena, pois deu pra ver toda Berlim. Depois, tivemos uma sequência de más escolhas que durou até o fim do dia. O Daniel queria ir ao Museu da DDR e eu não, e perdemos mais de duas horas perambulando por perto do museu tentando decidir o que faríamos. Por fim, pegamos um ônibus, que nos levou até a loja de departamento KaDeWe, que não tinha nada de bom, depois passamos em uma livraria, e só pegando metrô, ônibus, sem ir a nenhum ponto turístico específico. Meu ouvido já estava doendo consideravelmente. Ao fim da tarde, tomamos a sábia decisão de retornar ao lugar que sabíamos que dava certo: a Nikolaiviertel, e almoçamos em um lugar bem medieval e cheio de decoração de sapos, chamado: Zum Paddenwirt. Quando voltamos para o Airbnb, já era quase noite e decidimos comer no restaurante italiano perto do apartamento. Nossa, que lixo! Estava com muita vontade de comer um carbonara. E o prato veio parecendo macarrão na manteiga que eu faço em casa, de carbonara não tinha nada. Mais um pra lista de arrependimentos.

No dia seguinte, praticamente só tomamos o café-da-manhã no Airbnb e já fomos pra estação central para pegarmos nosso trem para Bamberg. Eu fui praticamente chorando o caminho inteiro de dor de ouvido e não consegui aproveitar a paisagem. Parece que foi uma série de eventos desafortunados, mas deu para aproveitar e sentir bem o clima e a cultura dos alemães nesse tempo. Gastei tudo que tinha aprendido de alemão e falei muita coisa errada, mas foi divertido. 
Bamberg ficará para a parte 2, continuação.





Nenhum comentário:

Postar um comentário