quarta-feira, 8 de abril de 2020

Alemanha: Bamberg - Parte 2

Altes Rathaus

A segunda parte da minha aventura na Alemanha não é muito boa. Quem me acompanha  no Instagram já sabe o que aconteceu.

Na nossa viagem de Berlim à Bamberg, que era para ser uma viagem espetacular de trem da ICE, visualizando lindas paisagens de neve, lagos, e belas casas; eu passei o tempo todo deitada com o ouvido esquerdo coberto e dopada de Dramin para tentar dormir e esquecer da dor. Mesmo assim, às vezes a dor era muito insuportável e eu não conseguia apagar. 

Chegando em Bamberg, a dor começou a ceder um pouco e conseguimos chegar no hotel. Já de cara, amamos a cidade. Toda antiga, bela integração com a natureza, uma cidade tranquila e silenciosa. Fomos para o nosso lindo hotel: Alt Ringlein, que era no coração da cidade e da movimentação que acontecia à noite, e assim que entramos no quarto, eu acionei o seguro. E enquanto eles me enrolavam eternamente, fomos almoçar no restaurante em frente ao hotel: Fränkisches Gasthaus Zum Kachelofen. Uma coisa muito curiosa aconteceu então. Eu e o Daniel nos sentamos em uma das diversas mesas vazias que havia no restaurante. De repente, chegou uma mulher e seu filho, perguntando se os outros assentos da nossa mesa estavam ocupados. Dissemos que não, e eles se sentaram. Nunca imaginaria, que justamente com o povo alemão, existiria esse tipo de costume. Dezenas de mesas livres, mas o bom senso os fizeram se sentar ao nosso lado para não ocupar mais uma mesa... Pelo menos eu acho que foi essa a razão. Essa mãe e seu filho eram muito simpáticos e conversaram em inglês com a gente. Após  o almoço, dormimos a tarde toda, e à noite, conseguimos falar com o seguro de novo e eles disseram que  todas as clínicas estavam fechadas e que falariam conosco no dia seguinte pela manhã.

Como nada poderia ser feito naquele momento, fomos passear pela cidade. A dor ainda não era tanta a ponto de me privar disso. Escolhi o restaurante: Spezial-Keller, porém, a cozinha estava fechada, então só tomamos a cerveja típica de Bamberg: a Rauchbier, uma espécie de cerveja defumada, gostosa, com gosto de salame. Depois vagamos pelas redondezas e jantamos uma pizza bem apimentada em um restaurante italiano chamado Tivoli. 

No dia seguinte, acordamos e, sem resposta apropriada do seguro, fomos por conta própria ao hospital público (Bamberg Klinikum). Chegando lá, tive que pagar 250 euros para ser atendida. Apesar do hospital ser público, o atendimento só é de graça para quem é cidadão. Muito engraçado você ir a um hospital público e não ter que pegar senha para ser atendida. O médico apareceu e Daniel explicou tudo em alemão para ele, uma ótima oportunidade para pôr o curso de 2 meses em Leipzig à prova. O médico me examinou e constatou que eu estava com otite média aguda purulenta do ouvido esquerdo. Ele usou a máquina para sugar o excesso de pus que estava saindo do meu ouvido e avisou que meu tímpano tinha sido perfurado nessa. No fim da sucção, a dor era tanta, que eu dei uma leve desmaiada. Ele me receitou Amoxicilina e Ibuprofeno para tirar a dor. 

Na volta, aliviada com a sucção do pus, consegui trocar de roupa e sair pela cidade para almoçar. Comemos em um restaurante chamado Eulenspiegel (bobo-da-corte) e demos um leve passeio pelas redondezas. Nisso, meu ouvido começou a doer novamente e corremos de volta pra casa. Dormi a tarde inteira, e Daniel me levou em uma hamburgueria bem legal à noite chamada Zapfhahn. Estava tudo delicioso, mas a dor continuava tanta, que até o garçom percebeu e veio me dar um Ibuprofeno na camaradagem. Uma pequena amostra de empatia no universo alemão. 

A partir daí, foi só tristeza. Sábado e domingo inteiros de cama, com dor intensa. Consegui sair para almoçar nos dois dias, mas voltava urrando de dor. Daniel super preocupado, nem saía direito para aproveitar a viagem. O que deu mais raiva é que no sábado fez um dia lindo de sol, propício para um belo passeio e eu o gastei todo de cama. À noite, o pessoal cantando e bebendo cerveja na rua e um clima incrível de carnaval, com alguns fantasiados. Daniel trouxe um Apfelstrudel, que desde Berlim eu queria experimentar, para eu comer no quarto, porque vimos que não ia dar certo sair pra comer.  Queria que meu primeiro Apfelstrudel tivesse sido especial, mas foi na cama do quarto mesmo. Para vocês terem noção da dor, eu não consegui nem me enxugar um dia após o banho, porque quando eu descia a cabeça, entupia com a pressão e doía muito. E então, no domingo à noite, minhas mãos e pés incharam e ficaram vermelhos e coçando um pouco. Primeiro sinal de que eu estava tendo uma alergia medicamentosa.

Como não fazia sentido os remédios não fazerem efeito, voltamos na segunda de manhã ao hospital. Dessa vez, por sorte, não tivemos que pagar os 250 euros, apenas 57, mas em compensação, tivemos que esperar mais de 2 horas, se eu não me engano, para ser atendida. Eu só chorava de dor. E um menino que estava com o pai fez a segunda demonstração de empatia e me deu lencinho de papel. Fui atendida por um novo médico, que viu minha mão e pediu para eu parar de tomar a Amoxicilina. E nunca mais tomar. Fez a limpeza de sucção novamente, sem dor dessa vez, e me informou que eu estava com uma otite externa também. Ele me deu um remédio de pingar e um outro antibiótico. Voltamos para casa, comemos no restaurante mais típico de lá, que é o Schlenkerla, mas tive que voltar correndo para o hotel por conta da dor. Tomei banho, e quando o Daniel chegou, eu tomei o remédio e ele pingou as gotinhas no meu ouvido. Fui dormir e falei pro Daniel ir aproveitar o dia, afinal, era nosso penúltimo dia ali. 

Quando Daniel voltou do passeio, eu estava dançando e pulando pelo quarto. O remédio fez efeito e fiquei em completa felicidade. Maldito médico número 1, que errou completamente a medicação. Se eu tivesse tomado desde o início aquela, teria aproveitado os três dias de viagem que desperdicei. A meu pedido, fomos comer naquela hamburgueria de novo e, desta vez, só felicidade. A surdez nem me incomodava. 

No dia seguinte, tivemos que fazer uma rapa express em todos os pontos turísticos de Bamberg. Começamos pelo Altes Rathaus (vide primeira foto), que é o cartão postal de Bamberg, e era do lado do nosso hotel, mas ainda não tinha passado por ali. Depois fomos a pé (para meu desespero) até o castelo Altenburg, no alto de uma montanha. Estava fechado, mas era muito bonito por fora e nos rendeu boas fotos de mirantes. Voltamos (mais meia hora de caminhada) e fomos ao Neue Residenz, que tem um lindo jardim (na primavera), e que também estava fechado - para minha alegria, pois não queria ficar entrando em museu. 

Depois paramos de vez em uma bela... como chama? Não é cervejaria.... Brewery? É cervejaria mesmo, né? Bom, nesse lugar, chamado Klosterbräu Bamberg, uma das mais antigas de lá. Eu me acabei de WeiBbier. E quando deu o horário, voltamos pro hotel, pegamos as malas e fomos para Frankfurt de ônibus. 

Esse foi o fim de uma viagem ok, que era para ter sido maravilhosa. O hotel de Frankfurt era bem zuado, mas só ficamos pela noite. Saímos de madrugada para pegar o voo para Istambul com Daniel novamente aterrorizado com perda de voo e outros problemas. Essa foi nossa primeira viagem juntos internacional. Quando saímos de lá, a Itália nem tava em quarentena ainda, e agora, o mundo está em lockdown, meu show do KISS foi adiado e não sabemos quando poderemos viajar novamente. Mas não estou reclamando, estou adorando ficar de home office com meu cachorro aqui na chácara.

É isso por hoje. Boa quarentena pra vocês.


quarta-feira, 4 de março de 2020

Alemanha: Berlim - Parte1


A Alemanha foi uma viagem muito prática. Após muitas viagens internacionais feitas,foi tudo muito prático e confortável em termos de mala, aeroporto e avião. Viajei de Turkish Airlines, que é uma companhia muito boa e serve boa comida. A pena é que a viagem é muito longa porque a conexão é feita em Istambul. 
O Daniel estava morrendo de medo que eu perdesse a conexão, porque eu tinha pouco tempo, e esse desespero dele o estava consumindo desde o início do ano. À toa, porque deu tudo certo, foi super tranquila a conexão e deu até tempo de sobra. Adorei poder jogar isso na cara dele depois, hehehe!
Chegando em Berlim, o Daniel foi me buscar no aeroporto e foi tudo extremamente rápido. Como ele já sabia todos os caminhos, pegamos o bondinho de rua até nosso Airbnb, super bem localizado na Strausberger Platz (duas paradinhas de metrô de distância de Alexanderplatz). Como já era noite, pensamos de comer no restaurante italiano que ficava exatamente embaixo do nosso apartamento, mas no fim tomamos a péssima decisão de ir até a Alexanderplatz comer em outro lugar, achando que teríamos mais opção. Não tinha quase nenhum lugar servindo comida e tivemos que comer num bar nada alemão. Esse foi o primeiro arrependimento da viagem, hahaha!

No dia seguinte, acordamos um pouco tarde e fomos tomar um café da manhã mais para o centro da cidade, chamado 1840. O que achei extremamente curioso em Berlim é que tudo é muito antigo! A maioria dos restaurantes é do século XIX! Eu e Daniel pedimos pratos super gostosos e acabamos trocando porque eu me interessei mais pelo prato dele e ele pelo meu.
Logo nesse primeiro dia, fizemos a rapa dos pontos turísticos de Berlim. Começamos do ponto mais  norte da cidade, o Palácio do Reichstag, só por fora, e fomos descendo para o Portão de Brandemburgo (vide primeira foto); passamos pelo Memorial Aos Judeus Mortos na Europa, onde tinha um casal coreano tirando foto de forma super desrespeitosa (não posso afirmar se eles sabiam de fato onde estavam tirando foto dando risada e fazendo biquinho); entramos um pouquinho no Tiergarten, onde pude observar uma das aves mais comuns de Berlim: a gralha-cinzenta (eu as avistei quase mais do que pombas); depois fizemos uma paradinha no LP12 Mall of Berlim, onde comprei maquiagem que estava precisando, e fizemos alguns planos para o resto do dia. Saindo do shopping, fomos à Potsdamer Platz, que tem algumas partes do muro de Berlim e passamos pelo Museu da Topografia do Terror e a parte do Muro onde os judeus foram executados. 

É interessante colocar o detalhe de que Daniel estava na Alemanha desde janeiro e estava incomodado com o barulho e agitação de Berlim. Haviam nos indicado para irmos à Nikolaiviertel, um pequeno bairro bem no centro de Berlim. Foi o lugar que mais gostamos. Era extremamente silencioso, com os restaurantes super antigos, parecia que tínhamos voltado no tempo e nem parecia que estávamos em uma cidade grande. Parei em um dos restaurantes para tomar uma cerveja enquanto Daniel tomou café, e então voltamos para o Airbnb. À noite, decidimos voltar à Nikolaiviertel para jantar e no caminho eu lembrei que estávamos comemorando 2 anos de namoro. Fomos ao restaurante: Zur Gerichtslaube, de 1270, que funcionava, nos primórdios, como um tribunal de justiça (pessoas eram enforcadas e torturadas ali por serem fora da lei), mas a comida era muito típica e os pratos gigantescos. Os pratos chegaram exatamente 5 minutos depois de termos pedido, e depois descobrimos que isso é comum na Alemanha, então passamos a esperar mais  antes de pedir. 

No dia seguinte, acordamos um pouco mais tarde e fomos até o outro lado da cidade para visitarmos a parte colorida do Muro de Berlim. Tive que fazer o Daniel parar e tirar um monte de foto. Estava bem frio. Comemos Ramen num restaurante japonês, que estava magnífico. Depois do almoço, voltamos para a Nikolaiviertel e caiu uma chuva torrencial de granizo. Tivemos que nos refugiar dentro de um restaurante todo temático e rosa, chamado Wilde Matilde, onde tomei um Milkshake péssimo e caro, que foi meu segundo arrependimento da viagem. Antes de passarmos em casa, compramos tickets para o dia seguinte tomarmos café da manhã na Torre de TV com vista para a cidade toda e depois tivemos que parar em uma loja para Daniel comprar uma mala nova, porque a dele se arrebentou toda durante a ida para Berlim e ele teve que carregar 25 kg de mala pela alça por 2 km. Ele sentiu que fez um grande negócio na compra da mala e ficou o resto do dia falando sobre ela. À noite, fomos jantar no meu lugar favorito até então: uma cervejaria chamada Brauhaus Lemke, que tinha cerveja Sauer, finalmente! No fim, foi o único lugar na Alemanha em que consegui beber a sauer. 
Foi minha parte favorita! Infelizmente, foi nesse lugar que tive meu primeiro sinal de otite, porque senti meu ouvido do lado esquerdo surdo.

No outro dia, tomamos o lindo café da manhã nas alturas, apesar de caro, senti que valeu a pena, pois deu pra ver toda Berlim. Depois, tivemos uma sequência de más escolhas que durou até o fim do dia. O Daniel queria ir ao Museu da DDR e eu não, e perdemos mais de duas horas perambulando por perto do museu tentando decidir o que faríamos. Por fim, pegamos um ônibus, que nos levou até a loja de departamento KaDeWe, que não tinha nada de bom, depois passamos em uma livraria, e só pegando metrô, ônibus, sem ir a nenhum ponto turístico específico. Meu ouvido já estava doendo consideravelmente. Ao fim da tarde, tomamos a sábia decisão de retornar ao lugar que sabíamos que dava certo: a Nikolaiviertel, e almoçamos em um lugar bem medieval e cheio de decoração de sapos, chamado: Zum Paddenwirt. Quando voltamos para o Airbnb, já era quase noite e decidimos comer no restaurante italiano perto do apartamento. Nossa, que lixo! Estava com muita vontade de comer um carbonara. E o prato veio parecendo macarrão na manteiga que eu faço em casa, de carbonara não tinha nada. Mais um pra lista de arrependimentos.

No dia seguinte, praticamente só tomamos o café-da-manhã no Airbnb e já fomos pra estação central para pegarmos nosso trem para Bamberg. Eu fui praticamente chorando o caminho inteiro de dor de ouvido e não consegui aproveitar a paisagem. Parece que foi uma série de eventos desafortunados, mas deu para aproveitar e sentir bem o clima e a cultura dos alemães nesse tempo. Gastei tudo que tinha aprendido de alemão e falei muita coisa errada, mas foi divertido. 
Bamberg ficará para a parte 2, continuação.





sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Nomeando o Sonho

Olá, Castranners.

Ano passado fui a um evento de RH pelo trabalho chamado CBTD. Nesse evento, pude assistir uma palestra do ilustre Miguel Falabella, que me deu um grande puxão de orelha/empurrão. Ele falou sobre diversas coisas, mas a essência da apresentação dele era um passo a passo para atingir o sucesso. "Todo mundo quer ser bem sucedido, quer ter dinheiro" disse ele, "Saber disso é fácil. Mas quer ser bem sucedido como? Quer ter dinheiro para quê? É importante, antes de tudo, Nomear o seu Sonho"
Achei essa dica muito potente, porque eu, de fato, havia deixado meu sonho de lado e não tinha dado "nome aos bois". Então sentei um pouco para refletir e cheguei à conclusão do que eu realmente quero para a minha vida, que é trabalhar com música. Pronto! Sonho nomeado! Em geral, é isso, quero que música seja meu ganha-pão. Mas trabalhar com música de que forma? É um campo extremamente amplo. No início do ano passado, tinha colocado na cabeça em fazer faculdade de música e estudar para ser cantora lírica, mas depois de muito tempo não tomando ação para seguir com isso e após uma conversa difícil com meu namorado, repensei e percebi que minha vontade é outra: trabalhar em musicais. Agora com o sonho especificado e afunilado, podemos ir para o próximo passo para o sucesso, que é o Planejamento
Literalmente, tive que escrever isso em um pedaço de papel para conseguir visualizar o que preciso fazer agora para atingir o objetivo lá na frente. Já estou fazendo aula de canto, então o principal está sendo feito. Mas para trabalhar em musical no futuro, não basta apenas cantar bem, tem que saber atuar e, obviamente, largar o emprego se passar em qualquer audição. Este último não é uma opção, pois sem emprego não poderei pagar minhas aulas de canto. Então peguei o telefone, liguei para a escola de teatro que eu fiz por um tempo, e me matriculei no curso profissionalizante. Horários bons e preço acessível. Então, na primeira semana de março, assim que eu voltar de viagem e acabar o Carnaval, começo minha jornada de 3 anos para a aquisição do DRT. (Para quem não sabe, o DRT é uma licença para você poder atuar em mídias públicas. Como a CNH para quem quer dirigir). 
Já estou super empolgada e estou contando com essa animação para manter o foco no objetivo e poder manter outro passo do sucesso, que é a Disciplina. Claro que essa parte é a mais difícil, pois tendo que trabalhar para manter as aulas de música, a academia e agora o teatro, não me sobra muito tempo para estudar. A falta de comprometimento é a maior vilã para a conclusão de qualquer coisa que leve tempo na vida. Claro que temos o olhar no objetivo final, mas não pode ter pressa. Atropelar os processos pelo qual você tem que passar na ânsia de alcançar a linha de chegada te transforma em um péssimo profissional. Por isso, apesar da ansiedade, estou com a mente voltada para as aulas de teatro e de canto e animada para aprender coisas novas.

Enquanto isso, tive algumas aulas de canto já este ano e estamos trabalhando três músicas: "I Could Have Danced All Night", do musical My Fair Lady, e duas do musical Anastasia: "Once Upon a December" e "In My Dreams". A "Once Upon a December", a gente praticamente já fechou. Agora preciso trabalhar uns trechinhos onde a melodia é muito esquisita e difícil, e tirar os portamentos que estou fazendo em algumas notas. A "In My Dreams" deu muito certo, preciso só trabalhar mais um pouco para refinar algumas partes. De lição de casa, tenho que escrever a letra na partitura em português e começar a estudar solfejo. A minha professora me julgou apta a começar a estudar canto lírico e vamos começar do jeito certo com o estudo do Vaccai. Estou me sentindo super poderosa!


Dia 15 viajo para a Alemanha para passar um pouco de férias com o Daniel em Berlim e Bamberg e depois começa a rotina!


sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

2020

Não lembro de onde parei. Parei no primeiro dia de viagem de Búzios e não continuei. Eu queria retomar o blog, mas estou com uma certa preguiça e acho que deixei muito tempo sem atualizar. Mas  vamos ver como as coisas andam daqui para frente.

O ano é 2020 - e eu finalmente tomei coragem e vergonha na cara para iniciá-lo fazendo academia. Parte porque eu precisava e parte porque eu não quero passar vergonha quando me reencontrar com o Daniel, que está estudando na Alemanha. Eu me matriculei na Smart Fit, apesar do nosso passado conturbado, porque está tendo uma promoção de R$9,90 o primeiro mês e achei que valia a pena dar uma segunda chance agora que estou mais amadurecida e mais clara nos meus objetivos. E estou super dedicada, estou indo quase todos os dias, mas agora acabou o treino de adaptação e entrou o treino de verdade e eu estou super dolorida. Já vou reclamar pro cara, não queria passar tanto tempo na academia assim, mas tudo bem. Tô sentindo dores em músculos que nem sabia que existiam.

Outro ponto que melhorou é que agora estou adepta a tomar água com gás e limão espremido e gelo nos restaurantes ou em casa para substituir a Coca Cola. Fico contente que achei uma opção que me deixa tão satisfeita quanto refrigerante. 

As aulas de piano já voltaram e as de canto voltam na próxima quinta. Infelizmente não me dediquei nada à música nas férias e estou com dificuldade de encontrar motivação para incluir os estudos novamente na rotina. Preciso priorizar e estabelecer um esquema legal para não me desmotivar. Quando sobra um tempo durante a noite, eu tento tirar alguma coisa no baixo, e isso tem se mostrado positivo e me alegra. Antes de ontem consegui tocar Cold Gin do KISS. É muito bom quando você consegue tocar. Quero voltar a treinar exercícios e tirar toda vez que for treinar uma música simples. KISS é bom porque as linhas de baixo são relativamente simples. 

Falando em KISS, esgotaram os ingressos para o show da última turnê deles aqui em SP e eu fiquei puta que não comprei antes. Aí tive que comprar ingresso pro show em FUCKING Ribeirão Preto. Bom, pelo menos vou conhecer uma cidade nova.

Até este texto está saindo desorganizado, mas é que não planejei o ano ainda.

Algumas Metas pra 2020

- Ler o equivalente a 15 páginas por dia (e ler mais literatura)
- Ser mais saudável/ Não ficar doente
- Poder usar cropped (interconectado com o de ser mais saudável)
- Fazer meditação diária
- Fazer pelo menos uma viagem internacional
- Dedicar-me à música 
- Fortalecer algumas amizades
- Ficar mais tempo com meu cachorro


Tem algumas metas que não vou incluir porque dependem do bom sucesso dessas primeiras, portanto as principais são essas, mas praticamente todas estão em andamento.

Volto daqui uns meses pra ver no que deu. 






sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Rio de Janeiro 2019: Dia 1

Aeroporto de Cabo Frio
7h35: Escrevo do aeroporto de Viracopos. Acordei antes do despertador com ansiedade e medo da minha irresponsabilidade de não ter colocado o alarme para despertar antes para conseguir pegar o ônibus mais cedo. O ônibus saiu 5h30 da manhã do terminal Barra Funda e chegou com 10 minutos de antecedência aqui em Campinas. Já tinha feito o check-in, então corri para despachar a mala e chegar no meu portão a tempo. O embarque começaria às 6h50 e já eram 6h51. No meio do caminho, ouvi anunciarem: "O aeroporto encontra-se fechado devido às más condições de tempo". Fiquei contente que não precisei chegar mais cedo e aprovei minha decisão. Agora são 7h35 e o embarque começou. A neblina melhorou  e o pessoal já está fazendo fila para embarcar. Ô, mania chata de fila, nem terminou de entrar o pessoal prioritário, ninguém vai pegar seu lugar no avião. 
Cerveja que valeu o preço

20h41: Passei um dia até que gostoso no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Assisti dois episódios de Dark, comi no Doog um cachorro quente caríssimo e tomei uma cerveja bem gostosa chamada Praya, li um pouco e vi todos os stories das pessoas que eu sigo no Instagram. Enquanto isso, Daniel deu um espirro e teve que ir pro hospital porque conseguiu deslocar o ombro e desmaiar duas vezes. Que loucura! Quase que ferra a viagem. Bom, o ombro foi colocado no lugar e agora ele já deve estar a caminho da rodoviária para vir pra cá de ônibus. Eu cheguei aqui no apartamento do tio dele, que é gigantesco, tomei um banho gostoso, me arrumei, fiz um monte de stories e agora estou escrevendo aqui pra distrair um pouco e tentar não pensar na fome que estou passando. Fico com raiva porque o meu celular já é ruim de qualidade, então o mínimo que ele devia fazer era sustentar a bateria por um bom tempo, mas é querer demais. Agora ele está com uma mania muito chata de desligar/descarregar totalmente com 30% de bateria, sem aviso. E isso aconteceu no caminho para cá, justo quando eu precisava conferir várias informações importantes. Agora estou presa aqui no apartamento, esperando ele carregar o suficiente para eu poder chamar um Uber pra ir e voltar do restaurante.


As placas são diferentes em cada lugar
22h36: Já estou de volta no apartamento. Fui até a passagem, que é uma longa apresentação de ruas de pedrinhas repletas de bares e restaurantes interessantes. Apesar de me interessar por vários lugares que apareciam no caminho, meu foco era um restaurante específico, que tinha selecionado dentre vários que havia pesquisado. Chegando lá: FECHADO! Já é a quarta vez que isso acontece essa semana, e estou começando a achar que é algo pessoal. 
Bobó de abóbora com camarão e arroz com farofa de coco
Enfim, fui para o próximo lugar de minha escolha, que também era sensacional: Restaurante Galápagos. Escolhi uma das opções mais baratas que pude encontrar e não me arrependi, porque fiquei completamente satisfeita e só comi tudo porque eu estava reclamando de fome, então seria uma fronta choramingar tanto pra chegar lá e deixar metade do prato. Na hora de ir embora, fui até o Canal, (que fede um pouco a pum, vamos ser sinceros, mas que não deixa de ser bonito) e chamei um Uber. Ele passou por mim sem parar. Mandei mensagem: "Você passou por mim", a qual ele respondeu: "Certo. Entendi." e cancelou a corrida! HAHAHAH. Cada coisa... Ainda bem que ainda tinha bateria suficiente. Agora a câmera, o celular e o computador vão passar a noite inteira carregando nessa c***lha. 

Agora vou assistir mais uns episódios de Dark e ir dormir. 
P.S.: A propósito, terminei de assistir Jessica Jones, e fiquei contente que essa temporada foi bem melhor que a anterior.

sábado, 21 de setembro de 2019

Música e Viagens

Voltando um pouco da minha imensa negligência a este blog, gostaria de colocar algumas atualizações sobre o que tem acontecido.
  • Terminei de ler o livro gigante do Sherlock Holmes e gostei muito.
  • Li Os Sofrimentos do Jovem Werther.
  • Iniciei a leitura da coletânea de histórias de fantasma do Charles Dickens e já estou na metade.
  • Terminei de assistir a segunda temporada de O Justiceiro, que foi bem arrastada e difícil de assistir, mas valeu pelo final e pelo "vilão" John Pilgrim.
  • Com o término da leitura de Sherlock Holmes, voltei a assistir a série Sherlock e convenci o Daniel a voltar a assistir também e estamos gostando.
  • Comecei a assistir Jessica Jones.
  • Estamos na sexta temporada de Brooklyn 99 e gostando mais ou menos.
  • Achei uma solução incrível para minha preguiça de fazer exercícios físicos. Estou descendo para a academia do prédio com episódios baixados das séries que estou assistindo no Netflix. O meu celular tem aquele negocinho atrás que dá pra deixar ele em pé (souvenir da goFLUENT), então deixo ele ali e fico na esteira assistindo. Nem vejo o tempo passar. Também comprei um daqueles fones de ouvido poderosos sem fio, pra não ficar caindo.

Música


Não sei se mencionei, mas estou fazendo aula de canto agora também. Faço uma hora de aula de piano nas terças e uma hora de aula de canto nas quartas (que em breve voltarão para quinta-feira). Eu realmente não entendo como eu passei tanto tempo sem estudar música. É a minha paixão! Estou me dedicando muito mais nas aulas de piano e amando de verdade as aulas de canto. Queria poder fazer todo dia. A professora de canto diz que eu sou bem profissional e está me ensinando absolutamente tudo, além de me motivar a seguir carreira com isso. Ainda não sei em que pé estou quanto ao futuro e ainda este ano preciso decidir quais ações tenho que tomar se realmente quiser seguir o rumo da música. Digo, eu não tenho dúvidas quanto ao "querer". Claro que queria viver de música, sempre quis, e sempre trabalhei pensando "é temporário" ou "até eu descobrir minha vocação". Mas agora ficou muito tarde e tenho que correr atrás do tempo perdido. O que tenho que decidir ainda este ano é qual caminho seguir, pois há vários, e meu namorado me abriu os olhos pra isso. Se quero seguir uma carreira voltada para o canto lírico, se quero participar de musicais, ser atriz/dubladora ou se quero seguir carreira com canto popular... E a partir dessa decisão, providenciar e tomar as ações necessárias para entrar no caminho certo.
Na aula de piano, estamos estudando os exercícios do Czerny, e as peças para o fim do ano, que são: o solo de Heitor Villa-Lobos "Vamos Cirandar", e duas peças de arranjo para quatro mãos, uma do Mozart "La ci darem la Mano" da ópera Don Giovanni e a outra do Fideles "O Come All Ye Faithful", que queria tocar por ser bem música de Natal. Já no canto, começamos estudando a música "I don't know how to love Him", do musical Jesus Christ Superstar, que já "fechamos" e eu adorei cantar, aprendi várias técnicas e coisas que eu fazia errado. Sinto muito orgulho de mim mesma por aprender rapidamente e conseguir corrigir na hora as coisas que me pedem. No canto, pra uma música ficar pronta é 100 vezes mais rápido que no piano, pois eu já tenho um domínio maior do instrumento, no caso, minha voz. Agora estamos seguindo com "How Far I'll Go", da Moana, que está quase pronta, mais a música "Circle of Life" do Rei Leão e, semana passada, passamos pela primeira vez a "Let it Go", do Frozen, que está bem difícil por ter que sair diversas vezes da voz de cabeça e voltar. Acho que, pra mim, é a manobra mais difícil que vou ter de aprender, pois sempre me indaguei sobre isso, tive dúvidas e dificuldades. Tenho a música "Aquarius" do musical Hair para passar na próxima semana e a professora pediu para eu trazer a música "Think of Me" do Fantasma da Ópera para trabalhar. Acho que vai ser bem mais legal do que trabalhar os musicais, pois é numa ressonância mais fácil de trabalhar. 
Acho que consegui transcrever nesses breves parágrafos como estou empolgada com isso. Ainda mais que agora o tempo mudou e trouxe o meu clima favorito de calor, Natal e Ano-Novo. É uma ansiedade boa que toma conta do meu corpo completamente e quer sair pela boca. É demais! Adoro.

Falando em música, hoje tem o show do RockFest aqui no Allianz Park. Como já vamos pro Rock in Rio, eu disse pra mim mesma: não vou pra nenhum show mais este ano, a não ser que seja uma banda super importante. Aí não é que me fecha Europe aqui em São Paulo, que era uma banda que eu vinha redescobrindo e amando nos últimos tempos? Então, apesar do line-up ser bem parecido com o do Rock in Rio, fui obrigada a adquirir os ingressos pro show em São Paulo. Então hoje vamo ver Helloween, Europe, Whitesnake e Scorpions. Desses, a única banda que já assisti o show foi a Helloween, então tá ótimo.
E no Rock in Rio, dia 4, teremos Anthrax (nunca vi), Slayer (já), Helloween de novo, Iron Maiden (já vi 2 vezes), Scorpions e Sepultura (que também nunca vi).


Viagens

Duas grandes viagens incríveis acontecerão este ano.
A primeira é na próxima semana, peguei férias a partir do dia 27, vou pegar um voo para Cabo Frio e ficar até domingo lá. O Daniel chega lá no sábado de manhã e vamos ficar na casa do tio dele. No domingo, iremos para Búzios e vamos ficar no Bamboo Búzios Hostel até quarta-feira. Daniel fez um upgrade do nosso quarto e agora estamos de frente pro mar, no lugar mais lindo, com frigobar vermelho. Depois postarei fotos e tentarei manter um diário da viagem aqui no blog. Na quarta, vamos pro Rio, pra casa da irmã do Daniel e na sexta teremos o Rock in Rio. Voltamos pra SP de ônibus no domingo. Estava precisando muito de férias, queria ter tirado antes devido ao stress e cansaço que estava sentindo, mas ainda bem que consegui não tirar, porque agora o clima de férias está no máximo.
A segunda viagem será em dezembro, uma viagem a trabalho, nossa Christmas Party. Eu e a Priscila vamos para a França enquanto o resto do time vai para a Itália. Iremos numa sexta e ficaremos em Paris até quarta-feira fazendo treinamento. Na quarta de manhã, acredito, já iremos para Milão encontrar o resto da equipe e festejar. Voltamos no domingo cedinho pra o Brasil. Eu estou muito feliz porque Paris é uma cidade que não estava na minha lista de prioridades para conhecer, e agora eu vou conseguir vê-la através da empresa, então sou muito grata a esse trabalho estável que me permite fazer um trabalho legal e além disso arcar com todas as coisas que gosto de fazer.


Nos encontramos no próximo episódio.


terça-feira, 23 de julho de 2019

Continuação da Nova Fase

Após outro enorme hiato, estou aqui de volta. Não parei de escrever por falta de tempo, mas por falta de organização e por passar meu tempo fazendo outras coisas aleatórias.
Queria comentar que o mês em que fiz o 30-Day-Challenge com inspiração naquele texto foi um mês fascinante. Consegui ficar sem refrigerante durante a semana e decidi que nunca mais farei isso, é muito ruim! Serviu só para eu idolatrar mais ainda o sabor do refrigerante. Continuarei tentando evitar, mas não vou cortar mais porque isso é contraprodutivo para mim. Sobre a meditação, foi um sucesso. Minha vida melhorou muito, ainda mais porque eu estava sentindo frequentes dores de cabeça pesada, e a meditação ajudou a melhorar muito. Acredito que as dores que eu tinha vinham também das várias questões que eu tenho de coluna e má postura. Fui uma vez num quiroprata (que me deixou dividida se confiava nele ou não) e minha vida mudou real: nunca mais senti dor nas costas, tensão nos ombros nem no nervo ciático. Imagina se eu fizesse com uma frequência regular então!

Sobre a nova fase no trabalho, acho que estou me dando bem. Fiquei bem estressada algumas semanas atrás porque estava muito atolada de trabalho e não estava conseguindo dar conta. Nunca precisei tanto de férias. E também fiquei praticamente o mês inteiro doente de resfriado, tosse e sei-lá-o-quê e uma exaustão que tem me acompanhado todos os dias. Acho até que é encosto. Mas esta semana estou me recuperando e consegui me organizar nas tarefas laborais. E coisas boas aconteceram na vida pessoal, então energia total.

Estou comendo melhor. Uma boa mudança. O sacolão é o melhor lugar para fazer compras e tenho feito comida pra mim, que já ajuda em vários outros aspectos além do nutricional. Estou obcecada ainda com coentro e quero que tudo tenha sabor de coentro na vida. Quero ser um coentro quando crescer.

As metas para o mês de julho que não estão sendo cumpridas são: beber 2 litros de água por dia e ler 15 páginas também por dia. Vou ver se aplico com mais afinco em agosto. Quero terminar Sherlock Holmes para poder continuar vendo a série. É muito legal ver como eles adaptam certas histórias, então quero ter lido tudo antes de continuar.

Será que incluo na meta postar no blog uma vez por semana? Antes tinha que me segurar pra não escrever todo dia e agora estou quase me obrigando. Tô cansada, me deixa. O nome do blog também não gosto mais. Vou mudar também. É isso.


domingo, 5 de maio de 2019

A Nova Fase

Faz tempo que não escrevo aqui, porque dei uma desanimada. Mas já estou recolocando as coisas no lugar. Tive uma crise de ansiedade pela primeira vez, então estou me sentindo muito inserida no mundo do jovem adulto brasileiro. Eu nunca tive dessas coisas, nunca fui a um psicólogo, então é engraçado ter uma experiência e poder comprovar por mim mesma que isso existe real. Aí fui na minha colega naturóloga, a Jessica, e ela me passou um floral e instruções de alimentação que, finalmente, tomei vergonha na cara e fiz questão de seguir. Estou me sentindo muito melhor.

Estou muito animada com a nova fase que está chegando. Li esse texto no LinkedIn e achei super válido. Eu, mesmo sem ter lido esse texto antes, já seguia algumas coisas, que fizeram minha rotina do trabalho mudar 100%. Uma delas é fazer esse planejamento do dia antes de começá-lo. Eu me enrolava muito no trabalho, fazia as coisas que tinha pra fazer na base da urgência, me sentia completamente sobrecarregada, desmotivada e culpava os outros por isso em minha mente. Até que fiz a viagem de trabalho à Madri, que me fez ver como os outros trabalhavam e como eu poderia ser mais eficaz. Resultado: prosperei muito no trabalho, consegui mudar minha perspectiva e entender que o problema era eu, não os outros, fiquei 100 vezes mais organizada com meus afazeres, comecei a entregar minhas tarefas tudo dentro do prazo, me sobrando tempo livre para replanejar as coisas e torná-las mais rápidas e, o melhor de todos, fui reconhecida por isso. 

A partir de agora, vou me responsabilizar por um outro cargo, da minha preferência e estou muito animada com isso. Aos poucos irei deixar de fazer o que estou fazendo e me focar somente nas novas tarefas. Eu nem achava que isso seria possível, mas com muito pensamento positivo, as coisas boas vêm. Estou muito feliz. Começarei nesta semana a aprender as responsabilidades do novo cargo. Iuhul!

Outra coisa que aprendi com esse texto e com os vídeos do Kiko Loureiro (acho que foi esse aqui o principal) é a diferença entre tocar e fazer um estudo focado. Estou estudando como incorporar esse hábito na minha rotina, porque parece pouco estudar uma hora por dia só, mas é muita coisa. Eu chego em casa e tudo o que eu mais quero é ver TV e comer pipoca. E chega no dia da aula (de piano ou de baixo) e não estudei nada, parece que estou jogando dinheiro no lixo. Aí vem o pessoal falar que eLearning não funciona, porque exige muita auto-disciplina, mas estudar no método presencial exige da mesma forma. Não adianta nada fazer aula sem estudar. Meu alemão está de prova, já esqueci tudo. Então essa é uma meta pra esse ano: evoluir bastante no piano e no baixo. E nos próximos meses, vou tentar manter isso como um compromisso no meu dia.

Para começar a pôr o texto em prática e adquirir novos hábitos para o que eu considero uma vida melhor, este mês estabeleci dois 30-day-challenges: o primeiro é meditar 10 minutos por dia, pelo menos, e o segundo é não tomar refrigerante durante os dias de semana (segunda à sexta). Ficar sem refrigerante é meu pior pesadelo, gosto tanto que não abro mão da minha coquinha, então tirá-lo só nos dias de semana já é um GRANDE avanço, e quem me conhece sabe o quanto de esforço isso vai exigir de mim. Já a meditação, estou tirando de letra, porque é gostoso e todo mundo tem 10 minutinhos por dia pra usar, então foi até fácil.

Muito empolgada para essa repaginada. Podia ter iniciado em janeiro para coincidir com o início do ano, mas nunca é tarde para iniciar. Estou me sentindo um livro de auto-ajuda, mas vale a pena dar uma chance para esses novos hábitos.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Maratona do Oscar: Parte 4

(O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei; Chicago; Uma Mente Brilhante; Gladiador; Beleza Americana)



Quarta parte da maratona. E a quinta vai demorar ainda mais porque estamos empacadíssimos em Shakespeare Apaixonado, que certamente vai levar o Oscar de Pior Filme de todos os tempos da nossa maratona. 

Filme: O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
Opinião da Anna: Não tem muito o que falar desse filme: sensacional! Um final excelente para a trilogia, ainda mais se você assiste com as cenas cortadas. Depois que assisti a versão estendida, não achei ruim terem cortado a parte do Expurgo do Condado. Tem a degolada que o Aragorn dá no porteiro de Mordor e tem a conclusão da história do Saruman. A parte que eu sempre reclamei desses filmes também, que é a personificação do Faramir, faz muito mais sentido nessa versão completa. Eu gosto mais do primeiro filme, dos três, mas o Oscar para o terceiro filme foi merecido tamanho o trabalho para fazer esse projeto.
Nota: 5
Opinião do Daniel: Chato. Entediante. História tola.
Nota: 1
Média Final: 3
Conclusão final: O namoro não vai durar mais muito tempo.

Filme: Chicago
Opinião da Anna: Eu amo musicais, principalmente os da Broadway. Acho tudo lindo e gostoso e fico cantando as músicas por dias. Inclusive, queria muito que vivêssemos nossas vidas como em um musical, com música de fundo para cada situação. Tendo dito isso, Chicago é um lixo.
Nota: 1
Opinião do Daniel: Nossa, sem comentários!
Nota: 0 [Ele queria pôr -5]
Média Final: 0,5

Filme: Uma Mente Brilhante
Opinião da Anna: Um filme bem doido. Não estava gostando muito no começo, mas depois passei a gostar bastante. Fiquei completamente surpresa e gostei de ser surpreendida. Mas o Daniel sacou antes e me deu spoiler. Depois do filme, pesquisei no Wikipedia para ver como estavam os protagonistas cujo o filme foi inspirado e notei que os dois morreram no mesmo dia. Antes de pesquisar sobre a morte, imaginei que ia ser algo a la Diário de Uma Paixão, mas eles morreram em um acidente de carro mesmo. Choque duplo. É interessante ver também como o Russel Crowe envelheceu na realidade, nada a ver com o filme.
Nota: 3,7.
Opinião do Daniel: Bom, romantizado e exagerado, mas bom.
Nota: 3,5
Média Final: 3,6


Filme: Gladiador
Opinião da Anna: Foi com ele que descobri o site Does the Dog Die, porque aparece um cachorro logo no comecinho no meio da guerra, mas depois não mostra mais em nenhum momento. Bom que a gente pode imaginar que ficou tudo bem com ele. Acho que é um filme merecedor do Oscar, mais um filme pra conta do Russel Crowe, que já nem devia estar aguentando mais, e a trilha sonora da Enya é muito boa. Já o Hans Zimmer deu uma pecada aí quando fez uma das trilhas idêntica ao "He's a Pirate" do Piratas do Caribe.
Nota: 3,7
Opinião do Daniel: Gladiador é bom, sim! Também é clichê, mas é bom.
Nota: 3,5
Média Final: 3,6

Filme:  Beleza Americana
Opinião da Anna: Eu ainda não sei o que achar desse filme, e isso deve indicar que ele é bom. Por ter assistido partes do filme fora de contexto, eu tinha um nojo e aversão completa pelo personagem do Kevin Spacey, mas assistindo o filme direitinho, vi que até me identifiquei em alguns momentos. Acho que é interessante, mas precisei de análise para entender por que é bom (ou não), mas também não assistiria de novo. Tem boas músicas.
Nota: 3,5
Opinião do Daniel: Que filme é esse? Ah, é. Tipo assim, véio, aquela tentativa de fazer um filme cool e chocar, mas para a época está valendo. Legal. Bacana.
Nota: 3,5
Média Final: 3,5

Vencedor da rodada: Empate entre Uma Mente Brilhante e Gladiador. (¬¬)
Perdedor da rodada: Chicago

Comentem o que acharam desses filmes!

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Oregon 2010: Parte 3


No episódio anterior da Viagem de Oregon, vocês acompanharam minha primeira saída altamente turística em terras estadunidenses, onde visitei as cachoeiras que contornam a divisão entre os estados de Oregon e Washington. Como todo mundo trabalhava e só eu estava de férias, comecei a me programar para fazer alguns passeios sozinhas.

Na entrada da parte africana.
Lindo esquilinho.
Comecei a visitar bastante o centro de Portland. Lá, um transporte bastante utilizado é o TriMet, uma espécie de trólebus que vai passando em vários lugares importantes e é muito fácil de entender. Nessa época, o preço era de 5 dólares e valia para o dia todo. Não me lembro se continua o mesmo. Com ele, eu visitava bastante o shopping, assistia a alguns filmes no cinema e ficava chocada com a beleza das pessoas da rua. Um dia estava passeando pela calçada e um garoto me cantou com a seguinte frase: "You have a beautiful smile". Fiquei completamente chocada com o decoro, que contribuiu muito para a mentalidade: "Ah, mas lá nos Estados Unidos, as pessoas são educadas", "Ah, mas nos EUA, as pessoas não sujam o chão", "lá nos EUA, eles fazem cocô mais limpo e é assim e assado".

Um lindo tigre.
Um grande passeio que fiz foi visitar o Zoológico de Oregon. Meu primo me deixou em uma das estações do TriMet e falou que a estação do zoológico era 4 ou 5 estações depois e que eu iria ver o nome "Zoo" aparecer na telinha do vagão. 
Um suriccata. Timão.
Quando passou a quinta estação e eu não vi o "Zoo" aparecer, me desesperei e saí do trem em uma estação completamente nada a ver, óbvio que não era ali e que eu deveria ter esperado pacientemente dentro do conforto do trenzinho. Saí da estação (sorte que o bilhete do trem vale de qualquer jeito) e não tinha uma alma viva. Até que apareceu um senhor e eu resolvi me informar com ele sobre como eu fazia para ir até o zoológico. 
Bumbum de zebra.
Carinho na ovelha.
Para entender qual direção eu estava tomando, ele me perguntou: "Are you coming from dowtown or uptown"? E na minha cabeça, isso significava apenas uma coisa: que ele tinha percebido pelo meu sotaque que eu não era dos EUA e, curioso, queria saber a minha nacionalidade! Ao que eu respondi: "I'm from Brazil". Percebendo que não era nada disso que ele queria saber, complementei, por muita sorte: "So I'm lost". Aí ele me explicou que era só voltar para a estação da qual eu tinha saído e pegar o próximo trem, que me levaria lá. Não precisava também ter perguntado de onde eu estava vindo, se o caminho era o mesmo, mas foi engraçado e valeu para eu aprender como as pessoas se localizam por lá.
Naquela época, eu não tinha tanta aversão como tenho hoje por zoológico. Os bichos são muito bem cuidados, claro, mas não mereciam estar ali, enclausurados. Uma pena. Enfim, vi uma porção de bicho que nunca tinha visto, porque não tem aqui no Brasil, como um urso polar, javali comendo sujeira da bunda um do outro, tigre, suricata, lontra (comendo algo muito estranho, que parecia uma outra lontra), e passei a mão em lindas ovelhinhas e cabrinhas.
Pumba comendo sujeira de bunda.
Tenho o vídeo também do elefante fazendo truques e ganhando comidinhas em troca. Depois de assistir o novo Dumbo, dá ainda mais tristeza de ver esse vídeo, mas torço pro elefante ou a elefante estar feliz.

Elefante fófis.
Pouco tempo depois, fui ao OMSI, o museu de ciência e indústria de Oregon, e fiquei maravilhada, porque pela primeira vez, vi um fóssil montado de um tirannossauro rex. O Samson é um dos fósseis de tiranossauro mais completos que existe hoje em dia e tem 66 milhões de anos, foi escavado pouco mais de 15 anos atrás em South Dakota. Quem me conhece sabe que tive uma boa fase "dinossauros". Foi quando li Jurassic Park e quis, com muita força, virar paleontóloga ou trabalhar com biotecnologia. Mas quando isso aconteceu, eu já estava na metade do terceiro ano do colegial e não dava mais tempo de voltar a estudar química desde o zero a ponto de prestar vestibular direito e tirar uma boa nota nessa disciplina. Até hoje, química é a minha arqui-inimiga das matérias. Até álgebra faz mais sentido para mim do que química. Até hoje não sei por que a gente tinha que ficar equilibrando as equações... equilibrar o quê? Qual é a praticidade disso no mundo real? Não consigo visualizar. 

Close no Samson.
SAMSON.
Fora conhecer o Samson, havia várias atividades para fazer, como simulação de terremotos, jogos interativos com ciência, fósseis de tigres dentes-de-sabre e cinema iMAX. Acho que foi minha primeira experiência com uma sala tão gigante de cinema. Foi ótimo para o meu inglês, porque como não tinha legenda, tinha que entender tudo! Lembro que em uma das sessões - eram sessões sempre educativas, eu assisti uma de dinossauro e uma de oceano que era dublada pela Kate Winslet e o Johnny Depp, se não me engano - eu estava na fila com um cara e seu filho. Aí eles nos liberaram para entrar e não tinha uma alma viva dentro da sala. Centenas de assentos e só nós 3 para assistir. Aí o cara falou: "Wow, I hope we can find us a seat". E eu dei muita risada, porque foi uma das primeiras piadinhas do mundo real que vivenciei e entendi. Eu tinha ainda muita dificuldade de compreender o que falavam quando eram comentários rápidos ou quando tinha muito barulho em volta. Na sessão do oceano, apesar de muito legal, eu dormi. Não aguentei, muito sono, aquela vozinha tranquilizante. Eu comi um hot-dog esse dia, lembro também. Eu gostava muito dos hot-dogs de lá, porque são gostosos mesmo sem molho e purê, porque a carne é de muito mais qualidade.

Mesa caprichada do André.
Para encerrar a parte 3, meu primo e seu marido fizeram uma festinha na casa deles. Não me lembro do quê, certamente não era de aniversário. Mas eles ficaram o dia inteiro preparando as comidas. Lembro que ajudei a fazer várias casquinhas de siri, e estava com muito vontade de comê-las. Sem querer, derrubei vinho, acho, em cima delas, e fui forçada a comer todas que foram afetadas. Muito Deus-me-livre-mas-quem-me-dera. O Jason fez caipirinhas muito deliciosas, estilo americano. Conversei com pessoas e cometi uma gafe imperdoável de trocar a palavra com b pela palavra com n. Logo me desculpei, pensei muito antes de falar, mas deu um bug, já que aqui no Brasil é ao contrário, e fiquei com muita vergonha. Mas depois recuperei fazendo um monte de pessoas rirem. 

Em breve iremos para a parte 4. Uma infelicidade que cada dia menos gente lê o blog. Mas a vida é assim. O importante é fazer o que gosta.